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Nem só de igrejas, museus e palácios é formado o patrimônio histórico do Rio. No Centro da cidade encontram-se antigas escolas, que, embora possuam grandes dificuldades, ainda dão uma senhora aula em matéria de história e tradição. Essas escolas e colégios públicos estão espalhados por todo o Centro, Zona Portuária, Cidade Nova e Catumbi, e muitas são tombadas pelos órgãos de proteção do patrimônio.
 Escola Rivadávia Correia
Na Av.Presidente Vargas encontra-se a Escola Rivadávia Correia, construída em 1877 por Francisco Pereira Passos, o mesmo que anos depois seria prefeito do Rio e causaria um grande rebuliço com sua política de “bota abaixo”. A Rivadávia nasceu com o nome de Escola Pública da Freguesia de Santana e sua construção foi custeada por uma campanha que objetivava erguer uma estátua de D.Pedro II.
O imperador agradeceu a homenagem, mas preferiu investir o dinheiro arrecadado na construção de escolas. A Rivadávia funcionou muito tempo como Escola Normal, até que em 1913 foi transformada em escola municipal, ganhando o atual nome. A escola conserva a fachada dessa época e tem como destaque a estátua A Ciência, fundida no Val D’Osne, na França.
 Escola Tiradentes
Na Rua Visconde do Rio Branco ainda pode ser vista uma das primeiras escolas construídas na gestão do prefeito Pereira Passos: a Tiradentes. Inaugurada em 1905, a escola ganhou esse nome por ter sido edificada no local onde se acreditava que o mártir da Inconfidência fora enforcado. A escola foi ampliada na década de 20 e teve sua fachada de dois pavimentos reconstruída. No prédio destacam-se o relógio externo e o monumento Bárbara Heliodora amparando Tiradentes, de Eduardo de Sá.
Perto dali, na Rua do Lavradio, funciona a Escola Celestino da Silva, construída no mesmo local onde existiu o Teatro Apolo. Com capacidade de receber até 1500 pessoas em seus camarotes e tribunas, o Teatro Apolo foi um dos mais populares da cidade no final do século 19. Ali, Artur Azevedo apresentou, em 1895, a revista musical “O Major”, em referência à Revolta da Armada.
 Escola Celestino da Silva
Em 1916, o teatro encerrou suas atividades e seu proprietário, o empresário Celestino da Silva, o doou para a Prefeitura, para que fosse construída um colégio público. A adaptação do prédio durou cinco anos e em 1921 era inaugurada a escola, que recebeu o nome do empresário.
Outra escola histórica do Centro da cidade é a Campos Salles, que funciona no interior do Campo de Santana. Ali, já existia, desde 1909, um jardim-de-infância construído pelo prefeito Souza Aguiar. Em 1944, o jardim foi destruído e em seu lugar foi erguida a Escola Campos Salles, projetada por Raul Penna Firme.
 Escola Campos Salles
A escola possui quatro salas de aula e atende atualmente a cerca de 400 alunos. Integrada à paisagem do Campo de Santana, a escola ainda se destaca por seu revestimento em pedra, pelo portão de ferro e pelas portas-janelas. No interior ainda vêem-se cabides de madeira e ferro, um lustre e bebedouros originais.
Em 1995 a Escola Campos Salles foi reformada, ganhando novos telhado e pintura e tendo recuperados as esquadrias e os brinquedos do parquinho.
Por Leonardo Ladeira |
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