Intempérie – Fenômenos estéticos da mudança climática e da Antártida
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Abertura: 19 de janeiro de 2009
Encerramento: 1 de março de 2009
A mostra integra a "2ª Bienal do Fim do Mundo", que acontece nos meses de abril e maio de 2009 em Ushuaia e El Calafate (Argentina), e na Antártida.
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Isla Nelson, Antartida 2008
PECADOS AMBIENTAIS ORIGINAIS
Alfons Hug observa que apesar de já ter sido afetada pelos pecados ambientais originais do resto do mundo, a Antártida ainda se encontra em um estado de virgindade e superioridade. É a terra como era antes do pecado original e, talvez, a última grande promessa à humanidade depois que os trópicos perderam um pouco de sua harmonia paradisíaca.
Este ponto zero da cultura é perfeito para uma reflexão intelectual e artística sobre o mundo: vazio, quietude, isolamento, mas também pureza, clareza, paz, espiritualidade e desapego são algumas das categorias existenciais que poderiam ser temas de uma Antártida transcendental. Os artistas entram em ação aonde os cientistas e suas medições já não chegam, permitindo uma nova leitura, fresca, desse ponto nevrálgico da Terra.
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Caio Reisewitz, Base Belligshausen (RUS), Base Frei (CHZ), Antartida 2008
ANTIGÜIDADE
Na Antigüidade, os filósofos acreditavam que, por questões de simetria, no Hemisfério Sul haveria um contrapeso à massa continental existente no Hemisfério Norte. Até mesmo nos mapas de Mercator, do século XVI, verifica-se a existência de um grande continente no sul (Terra Australis Incognita), tido como um paraíso tropical. A intensa busca pela Antártida no século XIX guiava-se pela convicção de que o contato com o fim do mundo traria novos conhecimentos à mente humana. Somente no ano de 1820, cada um por si, mas na mesma época, Fabian von Bellingshausen, capitão alemão do Báltico, a serviço dos russos, e Nathaniel Palmer, caçador de focas americano, descobriram o continente branco. Mas ainda havia outros contemporâneos de respeito, entre eles Edgar Allan Poe, que conservavam a superstição de que no Pólo Sul haveria uma abertura no globo por onde os viajantes poderiam chegar a um mundo mais civilizado, que se suspeitava existir sob a crosta terrestre.
Hoje em dia, trabalham na Antártida, nos seus cerca de 14 milhões de quilômetros quadrados que, somados, quase totalizam o tamanho do Brasil e da Europa juntos, quatro mil cientistas de todo o mundo – no inverno são apenas mil – distribuindo-se em 80 estações espalhadas pelo Continente para realizar suas pesquisas de fins pacíficos. O parco turismo ainda é ecologicamente aceitável.
Com o Tratado da Antártida (1959), que colocou “no gelo” qualquer pretensão à soberania territorial, produziu-se no auge da Guerra Fria um acordo exemplar que até hoje conserva importância fundamental na política internacional do meio ambiente e da paz.
Daí a Antártida ser o único continente em todo o mundo a desconhecer armas militares, exploração econômica e propriedade territorial; nem mesmo os abundantes recursos do solo podem ser extraídos: condições utópicas, portanto. Enquanto o resto do mundo é consumido por infindáveis conflitos, espoliação econômica e pretensões à propriedade de todos os tipos, a Antártida, esta clássica Terra de Ninguém, tem uma vocação mais elevada: não pertence a ninguém, portanto, é de todos.
Seus ciclos naturais estão, sem dúvida, intimamente entrelaçados com os nossos, e seu frágil ecossistema reage sensivelmente a distúrbios causados em outras partes do mundo. A Antártida funciona como um instrumento de avaliação da Terra. O escudo de gelo desta mítica região é como um grande arquivo onde está armazenada toda a história do clima mundial. A Antártida é o tempo congelado.
Local:
Futuros - Arte e Tecnologia [Oi Futuro Flamengo]
Rua Dois de Dezembro, 63
Flamengo
(21) 3131-3060
Funcionamento:
De 3ª a domingo, das 11h às 20h
Ingresso:
Entrada franca
Atenção: os horários e a programação podem ser alterados pelo local sem aviso prévio. Por isso, é recomendável confirmar as informações por telefone antes de sair.
Futuros - Arte e Tecnologia [Oi Futuro Flamengo]
Rua Dois de Dezembro, 63
Flamengo
(21) 3131-3060
Funcionamento:
De 3ª a domingo, das 11h às 20h
Ingresso:
Entrada franca
Atenção: os horários e a programação podem ser alterados pelo local sem aviso prévio. Por isso, é recomendável confirmar as informações por telefone antes de sair.