José Patrício: O Número
rioecultura : EXPO José Patrício: O Número : CAIXA Cultural Rio <br>[Unidade Almirante Barroso]
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Abertura: 25 de janeiro de 2010 [para convidados]
26 de janeiro de 2010 [para o grande público]
Encerramento: 7 de março de 2010

São 12 obras produzidas entre 2004 e 2009, reunidas pelo curador Paulo Herkenhoff.

A mostra tem foco na idéia de número. Os assuntos tratados são o signo, a representação do número, a quantificação, a geometria, a espacialização, a abstração, o tempo, a serialização e o jogo.

A pesquisa criativa desenvolvida por José Patrício em quase trinta anos de trabalho artístico pretende discutir, na sua trama conceitual, questões recorrentes na produção brasileira contemporânea em artes visuais: a necessidade de estabelecer novas categorias para a expressão visual, questionando os limites da arte, a apropriação de objetos do cotidiano e sua incorporação ao domínio da experiência artística, e o recurso à acumulação e à modulação como procedimentos para a constituição da obra e dos seus significados.



Entre os destaques da mostra está a obra Expansão múltipla (2008). Apresentada no Pharos Centre for Contempoary Art, no Chipre, será mostrada pela primeira vez no Brasil. Trata-se de uma instalação na parede principal da Galeria 1, onde o artista posiciona peças de dominós em forma de adesivos nas cores preto e branco.

Nas palavras do curador Paulo Herkenhoff, “em Coleção, de 2005, José Patricio propõe justeza entre acúmulo, taxonomia, nomeação e número. Na empiria do número, sua representação, o pré-número, a abstração, a quantificação, o espaço e o tempo agitam um sistema de signos”. As obras O encarnado e O azul, também de 2005, tratam da mesma questão, dessa vez utilizando 6.382 botões e tinta acrílica sobre tela sobre madeira.

Cinco outras obras tratam da acumulação de sólidos sem signo e puzzles: Vanitas (espiral) (2009), peças de quebra-cabeças de plástico sobre madeira; Imagem V (2004), 6.272 cubos de resina sobre acrílico; Monocromático (2005), 6.272 pregos sobre mdf, esmalte, acrílico; Piercing V, progressão cromática (2005), 6.272 alfinetes sobre cartão de espuma em caixa de acrílico; Tachas (2005), 6.272 tachas de cobre sobre mdf em caixa de acrílico.

Completando a mostra,  estarão expostas três obras com dados e pregos: Dados em progressão crescente (2007), dados de resina e esmalte sobre madeira; 46.872 pregos – crescente (2008), esmalte sintético sobre pregos sobre madeira; 46.872 pregos – decrescente (2008), esmalte sintético sobre pregos, sobre madeira.



SOBRE O ARTISTA

José Patrício nasceu no Recife em 1960. Formou-se em Ciências Sociais na Universidade Federal de Pernambuco em 1982. Estudou na Escolinha de Arte do Recife de 1976 a 1980. Vive e trabalha no Recife.

A primeira exposição coletiva foi em 1976, no IV Salão dos Novos no Museu de Arte Contemporânea de Pernambuco. Em 1982, recebeu o Prêmio Aquisitivo e Prêmio Artista Pernambucano Mais Promissor no 38o Salão de Artes Plásticas de Pernambuco, no Museu do Estado de Pernambuco. Em1983, fez sua primeira exposição individual na Oficina Guaianases de Gravura, em Olinda.

Nesses mais de trinta anos de trabalho vem participando de exposições individuais e coletivas em instituições no Brasil e no exterior. Entre as mostras individuais estão a do Museu de Arte Moderna da Bahia em Salvador, do Paço das Artes em São Paulo, do Paço Imperial no Rio de Janeiro, do Museu de Arte Moderna Aloísio Magalhães no Recife, do Pharos Centre for Contemporary Art, em Nicósia, no Chipre, do Projeto Octógono Arte Contemporânea na Pinacoteca do Estado de São Paulo, da Abbaye de Sylvacane, em Aix-en- Provence, na França.

Entre as mostras coletivas estão a 22ª Bienal Internacional de São Paulo, em 1994; o Panorama da Arte Brasileira – Museo de Arte del Banco de la República de Bogotá, na Colômbia; Arte pela Amazônia, na Fundação Bienal de São Paulo; Brasil Arte Contemporânea, na ARCO 2008 em Madrid; LO[S] CINÉTICO[S], no Museo Nacional Centro de Arte Reina Sofia, em Madri;  Novas aquisições 2006/2007 na Coleção Gilberto Chateaubriand, no MAM Rio de Janeiro;  Abrigo Poético – Diálogos com Lygia Clark, no MAC Niterói, e Contemporary Brazilian Art, no Espasso Design Gallery, em Nova York.

As obras de José Patrício integram as seguintes coleções de arte: Fondation Cartier pour L´Art Contemporain, em Paris; Museu de Arte Moderna Aloísio Magalhães, no Recife; Museu de Arte Contemporânea de Pernambuco, em Olinda; Museu Nacional de Belas Artes, no Rio de Janeiro; Fundação Joaquim Nabuco, no Recife; Fundação Nacional de Arte – Funarte, no Rio de Janeiro; Museu do Estado de Pernambuco, no Recife; Museu de Arte Assis Chateaubriand, em Campina Grande; Museu de Arte Moderna da Bahia, em Salvador; Banco Itaú S.A., Coleção Marcantonio Villaça, Coleção Gilberto Chateaubriand / Museu de Arte Moderna no Rio de Janeiro, Coleção João Sattamini / Museu de Arte Contemporânea de Niterói no RJ.

Para outras informações sobre o artista, acesse o site www.josepatricio.com.br

Fotos: Robson Lemos
Local:
CAIXA Cultural Rio
[Unidade Almirante Barroso]

Avenida Almirante Barroso, 25
Centro
(21) 2544-4080

Funcionamento:
De 3ª feira a domingo, das 10h às 21h

Ingresso:
Entrada franca

Atenção: os horários e a programação podem ser alterados pelo local sem aviso prévio. Por isso, é recomendável confirmar as informações por telefone antes de sair.