DOBROS [Márcia Pastore]
rioecultura : EXPO DOBROS  [Márcia Pastore] : Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB Rio)
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Abertura: 26 de fevereiro de 2010 [para convidados]
27 de fevereiro de 2010 [para o público]
Encerramento: 2 de maio de 2010

A artista parte da intenção de impor uma ação a uma superfície, deformando-a. A ação imposta – compressão – torna a superfície tridimensional, e incorpora o espaço físico ao trabalho. Esse tipo de procedimento já havia sido usado pela artista em trabalhos anteriores, mas, em DOBROS atinge uma radicalidade. Segundo Márcia Pastore “a escala do trabalho dialoga com o espaço da sala de exposições, de forma contundente, e a superfície reflexiva do aço ao mesmo tempo que reflete o espaço, se mimetiza com ele”.

A OBRA



DOBROS é formado por seis chapas de aço inoxidável de seis metros de altura, maiores do que a distância entre o chão e o teto da galeria. Ao serem presas entre eles ganham a forma de “S” e, para cada uma das placas, um “S” particular aparece.

Estas placas de 1,20 m de largura serão colocadas lado a lado e formarão um muro dividindo a sala em duas novas partes. Esses espaços serão incomunicáveis pelo corpo, mas se deixarão entrever visualmente, um pelo outro, devido às aberturas decorrentes das deformações distintas de cada chapa transfigurando o espaço arquitetônico.

“O espectador verá sua imagem duplicada e deformada na superfície reflexiva das chapas,”, explica Márcia Pastore “experimentará as mais diversas situações de duplicação de sua imagem e do espaço em que se encontra, reforçando as características de separação, clausura, estreitamento e estranhamento.”

Esse duplicar, dobrar e tornar o espaço inicial numa multiplicidade de dobros é, para Alberto Tassinari, curador da exposição, “a intenção do trabalho para que, por meio dos “dobros”, o espectador, no movimento ou repouso de seu corpo, experimente o novo espaço como lugar familiar, mas, em especial, estranho, bem formado, mas, sobretudo, disforme.”

SOBRE MARCIA PASTORE

Realizou exposições individuais em instituições como o Museu de Arte Contemporânea da USP e o Centro Universitário Maria Antônia, em São Paulo e o Centro Cultural Banco do Brasil, no Rio de Janeiro. Foi artista convidada pelo Centro Cultural São Paulo para integrar o projeto MAM-Nestlé de aquisição de arquivo e expos nas galerias Paulo Figueiredo, Valu Oria e Baró Senna, em São Paulo; Casa da Imagem, em Curitiba e Galeria Senda, em Barcelona, Espanha.

Participou de diversas coletivas em São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte; das edições de 2000 a 2002 da Arco Feira Internacional de Arte Contemporânea em Madrid; em 2005 e 2006 da Art&Book IX Bienal de Habana e da Art&Book&Omm – em Barcelona.

Ganhou a 3ª Bolsa Emille Eddé de Artes Plásticas e possui obras nas seguintes coleções públicas: Vestfossen Kunst Laboratorium (Oslo, Noruega); MAC de São Paulo; MAM de São Paulo; Casa da Cultura de Ribeirão Preto e Pinacoteca Municipal de São Paulo.

SOBRE O CURADOR : Alberto Tassinari

Crítico de arte; Bacharel em Filosofia pela USP (1981); Mestre em Filosofia pela USP (1990); Doutor em Filosofia pela USP (1997).

Curadorias: Retrospectiva de Nuno Ramos (MAM/SP, 2000) e Retrospectiva de Fabio Miguez (Pinacoteca do Estado/SP, 2003).

Livros publicados: Paulo Monteiro. Duas cidades, 1990; Amilcar de Castro. Tangente, 1991; Pequeno guia Berlendis de historia da Arte. Berlendis, 1994; Nuno Ramos. Atica, 1997; O Espaço Moderno. Cosac Naify, 2001; Rodrigo Andrade. Cosac e Naify, 2008; Célia Euvaldo. Cosac e Naify, 2008.
Local:
Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB Rio)
Rua Primeiro de Março, 66
Centro
(21) 3808-2020

Funcionamento:
De quarta a segunda-feira, das 9h às 21h
Não abre as terças-feiras

Ingresso:
Entrada franca

Atenção: os horários e a programação podem ser alterados pelo local sem aviso prévio. Por isso, é recomendável confirmar as informações por telefone antes de sair.