No ‘vão’ do Urucuia: fios que entrelaçam saberes
rioecultura : EXPO No ‘vão’ do Urucuia: fios que entrelaçam saberes : Sala do Artista Popular - Centro Nacional de Folclore e Cultura Popular (CNFCP)
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Abertura: 23 de setembro de 2010
Encerramento: 31 de outubro de 2010

rioecultura : EXPO No ‘vão’ do Urucuia: fios que entrelaçam saberes

Com mostra e venda da produção de artesãos dos municípios do Vale do Urucuia, em Minas Gerais, a exposição conta com realização do patrocínio da Caixa Econômica Federal.

Na ocasião da inauguração, haverá a apresentação especial do canto de trabalho das Fiandeiras do Vale do Urucuia. Enquanto fiam, elas entoam tradicionais cantos de trabalho. Dizem que a cantoria ajuda a marcar o ritmo do movimento de fiar o algodão. Ao longo dos tempos esta tradição oral vem sendo repassada de mãe para filha no cotidiano de fiar, entre outras lidas domésticas, perpetuando-se em ritual que encontra eco principalmente nos mutirões de trabalho.

A arte de fiar
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Aproximadamente 240 artesãos se encontram reunidos em oito associações e uma central de produtos nos municípios do Vale do Urucuia. A grande maioria é de mulheres fiandeiras, detentoras de saberes relacionados a técnicas de fiação, tecelagem, tingimento, bordado e crochê, além de uma variedade de trabalhos manuais que têm o buriti como matéria-prima. Por meio desses saberes e recursos tradicionais, a população local encontrou uma alternativa de fonte de renda.

Além de tradicional, o artesanato desenvolvido por esses artesãos é um trabalho em rede. Nas mãos das fiandeiras, o algodão se transforma em fios que, por sua vez, adquirem variados tons a partir de pigmentos naturais preparados pelas tingideiras. Em teares manuais, os fios se tornam tecidos de acabamentos e formas diversas dados pelas tecelãs.

Ou são ainda convertidos em crochês pelas crocheteiras. Os buritis manejados de forma sustentável viram flores, revisteiros, bandejas, terços, porta-retratos, brinquedos, além de caixas trançadas de diversos tamanhos que, também, embalam doces regionais feitos pelas doceiras. Já as bordadeiras traduzem em seus trabalhos, por meio de suas memórias, cotidiano e cultura, todo o imaginário que cerca a região.

O Vale
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Consagrado pelo escritor Guimarães Rosa no livro Grande sertão: veredas, o Vale do Urucuia, ou "vão" do Urucuia, está localizado no noroeste de Minas Gerais, a 700km de Belo Horizonte e a 180 de Brasília. Nesse sertão mineiro de vegetação entre o cerrado e a caatinga predominam regiões planas, mas também são comuns chapadas e cachoeiras. Área de pequena densidade populacional, guarda o rio Urucuia, um dos principais afluentes do rio São Francisco, e longas extensões de veredas, onde os agrupamentos de buritis estão imersos em áreas pantanosas.
Local:
Sala do Artista Popular - Centro Nacional de Folclore e Cultura Popular (CNFCP)
Rua do Catete, 179 e 181
Catete
(21) 2285-2545

Funcionamento:
de 3ª a 6ª feira, das 11h às 18h
Sábados, domingos e feriados, das 15h às 18h

Ingresso:
Entrada Franca

Atenção: os horários e a programação podem ser alterados pelo local sem aviso prévio. Por isso, é recomendável confirmar as informações por telefone antes de sair.