A céu aberto: a louça de Coqueiro
rioecultura : EXPO A céu aberto: a louça de Coqueiro : Sala do Artista Popular - Centro Nacional de Folclore e Cultura Popular (CNFCP)
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Abertura: 30 de junho de 2011
Encerramento: 7 de agosto de 2011

Situada entre o mangue e o rio Paraguaçu, no Recôncavo Baiano, Coqueiros possui a pesca como uma de suas atividades tradicionais, exercida não somente por homens, mas também por mulheres no ofício de marisqueiras. Além da habilidade com a pesca, elas são especialmente reconhecidas pelo talento das louceiras do lugar.

rioecultura : EXPO A céu aberto: a louça de Coqueiro

Trabalhando quase sempre à vista de todos, sentadas na soleira das portas de suas casas de trabalho, mulheres burnem suas louças, colocam o barro para secar ou exibem a louça pronta na calçada, à espera de algum comprador. Em Coqueiros, há duas localidades onde se concentram as ceramistas: a Rua das Palmeiras, onde mora, aos 90 anos de idade, Bernardina Pereira da Silva, a dona Cadu, que tornou reconhecida a cerâmica que se faz em Coqueiros participando de exposições organizadas pelo Instituto de Artesanato Visconde de Mauá, em Salvador, angariando clientes; e a Fazenda do Rosário, cuja ceramista mais velha é Josefa de Jesus França, conhecida como dona Zefa, referência de muitas mulheres. No total, entre os cerca de 50 ceramistas do distrito, existem dois homens.

Normalmente a louceira constrói uma casa de taipa ou de alvenaria, contígua ou bem próxima à moradia, para exercer o ofício, que reúne sempre mais de uma pessoa em cada etapa, desde ir buscar o barro, quando algumas mulheres acompanham os homens neste duro trabalho, passando pela confecção das peças, até o momento de apanhar a lenha e juntar as louças para a queima.

Realizada a céu aberto, na beira da estrada ou do rio – lugares chamados de queimador – a queima a céu aberto é característica de poucas comunidades no Brasil, podendo ser encontrada também na localidade de Passagem, no Estado da Bahia. As tonalidades azuladas e enegrecidas que marcam as peças são testemunho de uma antiga tradição indígena, e agregam valor diferencial a esse tipo de artesanato.

Fonte: Catálogo da exposição A céu aberto: a louça de Coqueiros (LIMA, Lívia Ribeiro. 2011)

rioecultura : EXPO A céu aberto: a louça de Coqueiro

rioecultura : EXPO A céu aberto: a louça de Coqueiro
Local:
Sala do Artista Popular - Centro Nacional de Folclore e Cultura Popular (CNFCP)
Rua do Catete, 179 e 181
Catete
(21) 2285-2545

Funcionamento:
de 3ª a 6ª feira, das 11h às 18h
Sábados, domingos e feriados, das 15h às 18h

Ingresso:
Entrada Franca

Atenção: os horários e a programação podem ser alterados pelo local sem aviso prévio. Por isso, é recomendável confirmar as informações por telefone antes de sair.