Abertura: 1 de outubro de 2011
Encerramento: 30 de outubro de 2011

Uma exposição que retrata um dos elementos fundamentais à vida e ao homem – a água – e que é voltada para uma das questões mais importantes e comentadas, principalmente neste início do século XXI, – a sustentabilidade ambiental.

Sandra Passos e Elio Haddad realizaram uma intensa pesquisa sobre o assunto e puderam observar a amplitude do desejo do homem de purificar-se como valor fundamental em todas as culturas no sentido mais ancestral. A partir dessa análise dialética da água enquanto um agente catalisador, e do Universo enquanto local de probabilidades, nasce “AQUA”. O termo não poderia ser mais apropriado.

Farão parte da mostra duas instalações, uma escultura, um vídeo e uma fotografia da performance realizada pelos artistas, que ocuparão o espaço da galeria e duas salas nas ruínas. Todos os trabalhos oferecem uma discussão positiva sobre as questões ecológicas da contemporaneidade, mas de uma forma leve e poética. Não se quer apenas evidenciar as drásticas mudanças ambientais, mas fazer o público pensar no que pode estar causando isso.

Uma denúncia ao sistema. Por meio das obras apresentadas na mostra, pode-se perceber a agressão que o homem pratica contra o meio ambiente. Seja olhando duas baleias encalhadas, seja percebendo a árvore feita de mangueiras transparentes com grandes raízes e galhos, mostrando a água como elo que une a vida e que é purificada.

“A relação arte e vida sempre esteve presente em minhas exposições e, especialmente nesta, os trabalhos dimensionam uma reflexão sobre a necessidade de preservação dos ecossistemas indispensáveis à manutenção da vida no planeta. Todavia, introduzem uma simbologia das águas como elemento universal de fertilidade e fecundidade, um elemento purificador capaz de libertar o homem do pecado original”, afirma Sandra Passos.

A mostra não trata somente de consciência ecológica e da preservação da biodiversidade, mas também de uma série de transformações que abordam as seguintes questões: cultura, consciência, vontade e liberdade. Todas partindo de uma origem particular em direção ao plano universal.

“De certa forma, expor a questão da necessidade humana, cuja origem repousa no desejo de controlar o mundo através da superação dos medos e inseguranças, é também atentar para o desejo ancestral de autopreservação, é literalmente ouvir o que nossos próprios sentidos têm a dizer sobre nosso corpo e apenas posteriormente sobre o mundo”, explica Elio Haddad.





DESCRIÇÃO DAS OBRAS

- “Continentes” – sala de exposições oval – duas grandes instalações em borracha negra, nas dimensões de 6m e 5,40m, em forma de dois corpos gigantes serão dispostas no chão da galeria e iluminadas para produzir a ilusão de duas baleias imersas em água. Uma gravação do canto das baleias se propagará por todo o ambiente.

- “Aqua Femina Nutrix“ – sala lateral – projeção de vídeo de uma nadadora que se desloca sobre as águas no sentido de ida e vinda. A projeção será sobre um plano horizontal de vidro nas dimensões de 6m X 2,20m e altura de 20cm do chão. Duração de aproximadamente um minuto, exibido em looping.

- “Sumauma” – escultura produzida basicamente de mangueiras transparentes, instaladas pelo chão do espaço e unidas verticalmente para formar uma árvore no centro. As mangueiras conterão água com óleo mineral. A árvore irá interagir com o espectador ao entrar no local e, obrigatoriamente, pisar nas mangueiras espalhadas pelo chão.

- Pôster sobre a performance dos artistas com roupa de mergulho.



Mais sobre os artistas

Sandra Passos - Diplomada em Gravura pela Escola Nacional de Belas Artes da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Fez diversos cursos na Escola de Artes Visuais do Parque Lage. Já realizou dezenas de exposições individuais e coletivas, no Brasil e no exterior. Sua última individual foi “Ritual do Amor”, em 1997, na Galeria do IBeu (Copacabana), tão comentada pelo público e pela mídia. A última coletiva da qual participou foi “Múltiplos Múltiplos”, este ano, na Galeria Caza Arte Contemporânea. Possui acervo em diversos museus e centros culturais, no Brasil (Rio de Janeiro, São Paulo e Santa Catarina) e na Espanha. Recebeu o “Prêmio de Arte Ibeu”, no ano de 1998.

Elio Haddad - Artista versátil que transita entre escultura e fotografia trazendo uma linguagem clara e objetiva. Formado na Escola Superior de Propaganda e Marketing. Na Faculdade da Cidade, cursou “Desenho Industrial” e “História da Arte e suas influências no Dseign”. Fez diversos cursos na Escola de Artes Visuais do Parque Lage. Entre os principais locais em que participou de coletivas, destacam-se Wooloo.org (Arte Digital), Atelie Fleuri Meneses (Sculpture school and workshop), Centro de Artes Calouste Gulbenkian (2004 – 2006) e TV Show – Gema Brasil. Um dos seus principais questionamentos é a existência humana na sua essência e a relação consciente e inconsciente com o seu habitat. Na exposição AQUA traz uma visão poética e refectiva à agua e sua suma importância para a vida.

Local:
Centro Cultural Municipal Parque das Ruínas
Rua Murtinho Nobre, 169
Santa Teresa
(21) 2252-1039

Funcionamento:
De 3ª feira a domingo, das 8h às 20h

Ingresso:
Entrada franca

Atenção: os horários e a programação podem ser alterados pelo local sem aviso prévio. Por isso, é recomendável confirmar as informações por telefone antes de sair.