Autor: FLORENTINO, Manolo
Editora: Civilização Brasileira
Edição: 2005
ISBN: 8520006914
Marcadores:
História
Rio de Janeiro
Brasil
Negro
Escravidão
SINOPSE
As instituições que ainda hoje garantem a liberdade individual foram criadas pelos mesmos povos que geraram os mais cruéis sistemas de exploração escravista já conhecidos. Conhecer como funcionava essa empresa negreira é necessário para se compreender os processos de formação do povo brasileiro.
Em TRÁFICO, CATIVEIRO E LIBERDADE, Manolo Florentino, um dos mais importantes historiadores do país, esmiúça detalhes sociais, econômicos e políticos das décadas de escravidão no Brasil, em um conjunto de ensaios que conectam e contextualizam os processos históricos do conceito de nação brasileira.
Manolo Florentino reúne textos próprios e de outros prestigiados pesquisadores, como Mariza Soares, Jaime Rodrigues, Carlos Engemann, José Roberto de Góes, Roberto Guedes Ferreira, Antônio Carlos Jucá, Nireu Cavalcanti e Beatriz Gallotti Momigonian. Com o auxílio de documentos, pesquisas e análises, eles justificam o longo processo de escravidão brasileira, as peculiaridades da organização social escravista no Rio de Janeiro e a organização das senzalas e do transporte negreiro.
Repassando temas como a influência da religião e da identificação étnica, TRÁFICO, CATIVEIRO E LIBERDADE mostra, ainda, como nos tornamos mestiços políticos. "A mestiçagem brasileira é como a mestiçagem de visões em relação ao que vem a ser o brasileiro enquanto agente político. Somos marcados em muito por características próprias do cativeiro tais como a subserviência e a descrença em mecanismos de representação - os limites da cidadania", explica Manolo Florentino.
O livro é dividido em três partes: desembarques, eitos e liberdades, uma cronologia que ajuda a entender a evolução da escravidão no Brasil, mais especificamente no Rio de Janeiro. Os capítulos procuram abordar as etapas fundamentais da escravidão carioca, começando pelos desembarques dos africanos, passando pelo aprender a ser escravo, o deixar de ser cativo para tornar-se propriedade, com tudo o que isso implica em termos da contínua aculturação de uma população tendente ao estrangeirismo, para finalmente chegar à liberdade que sonhavam em obter.