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Esgotado há 40 anos, é relançado o livro O RIO DE JANEIRO NO SÉCULO XVII - Raízes e Trajetória, de Vivaldo Coaracy
quinta-feira, 12 de novembro de 2009
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Escrita há mais de 60 anos por Vivaldo Coaracy e esgotada há 40, a obra é relançada agora pela Documenta Histórica Editora e constitui uma preciosa fonte de referência para aqueles que se interessam pela história da cidade.

O Rio de Janeiro no Século XVII – Raízes e Trajetória retrata um período de ascensão da cidade do Rio de Janeiro, após o Descobrimento do Brasil, pelos portugueses, em 1500. Com prefácio da historiadora Renata Santos e belíssimas ilustrações a bico de pena, o livro será lançado no próximo dia 17, terça-feira, às 18 horas, na Livraria da Travessa - Rua 7 de Setembro, 54 - Centro, inaugurada recentemente. O patrocínio é da Light.

Uma fonte de novas abordagens - A idéia do relançamento de O Rio de Janeiro no Século XVII – Raízes e Trajetória partiu da filha caçula do autor, Ada Maria Coaracy, abnegada bibliotecária, estudiosa e apaixonada pela obra do pai. A primeira edição foi publicada em 1944. Após a segunda, em 1965, o livro permaneceu esgotado até hoje.

O livro serve para espelhar aspectos da época, revelar costumes e ocupações da gente daquele tempo, além de mostrar certos hábitos e tradições. Para Renata Santos, doutora em História Social pela UFRJ, Vivaldo Coaracy não se furtou a ir aos arquivos e a valorizar os documentos. Muito menos se negou a percorrer as grandes sínteses históricas produzidas até então: de Frei Vicente do Salvador, passando por Varnhagen até Capistrano de Abreu e Rodolfo Garcia, estão todos lá.

“A preponderância de Varnhagen é sugestiva”, ressalta a historiadora. Enquanto este defendia a importância do historiador na construção da história pátria e no despertar das “virtudes cívicas”, em seus leitores, em Coaracy essa missão parece ter sido seguida à risca, ao enaltecer o “espírito civico” do século XVII, período de “lutas épicas”, “em que se semeou o sentimento da unidade nacional”.

Mas, O Rio de Janeiro no Século XVII – Raízes e Trajetória permite também outras leituras. Vivaldo Coaracy entremeia os acontecimentos com aspectos do desenvolvimento urbano, a relação com os espaços das festas, a presença das doenças, as manifestações dos costumes e das tradições. O autor não conta uma história, mas, sim, histórias, feitas de “miudezas e migalhas”, como observa Renata Santos.

:: Sobre Vivaldo Coaracy ::

Nascido na Rua do Resende, no centro do Rio, e órfão de pai e mãe aos dez anos, depois de tentativas frustradas na Faculdade de Medicina e na Escola Militar da Praia Vermelha, viaja em 1905 para Porto Alegre, em busca de novos rumos. Sete anos depois, chegava à Nova York, como prêmio dos estudos da Escola de Engenharia da capital gaúcha. De volta ao Rio Grande do Sul, se estabelece como professor e engenheiro eletrotécnico.

Os vôos foram lentos e tortuosos, mas, em 13 de janeiro de 1925, o jornal O Estado de São Paulo estampa o primeiro de quatro artigos sobre a Crise de Energia. Colaborador do jornal durante mais de 40 anos, publicou sua última crônica, Apreensões inúteis, três dias antes de morrer. Entre os 27 livros de sua autoria, estão também Memórias da Cidade do Rio de Janeiro e A Sala da Capela, ambos relançados pela Documenta Histórica nos últimos dois anos.

O amor de Vivaldo Coaracy pelo Rio, sua dedicação e persistência na atividade jornalística transformaram-no em respeitável pesquisador das peculiaridades da terra natal, origens, raízes e paixão pela sua gente. O Rio de Janeiro no Século XVII serve de base a qualquer análise, uma vez que a fidelidade, a experiência técnica e disciplinar sempre nortearam seu trabalho.

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O Rio de Janeiro no Século XVII – Raízes e Trajetória
209 páginas, R$ 69,90 – Tiragem: 1000 exemplares

:: LANÇAMENTO ::

Data: 17 de novembro, terça-feira, às 18 horas
Local: Livraria da Travessa – 7 de Setembro, 54 - Centro
Telefone: 2505-0400

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