Manchas Negras [Celia Euvaldo]
rioecultura : EXPO Manchas Negras [Celia Euvaldo] : Galeria de Arte Ipanema
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Abertura: 1 de setembro de 2009
Encerramento: 10 de outubro de 2009

Ausente do circuito artístico carioca desde 2002, a prestigiada pintora paulista Celia Euvaldo inaugurou sua individual na Galeria de Arte Ipanema, que já possui suas obras no acervo.

Nesta nova série, Celia Euvaldo mostra cerca de dez telas de grande dimensão, “manchas negras” que, segundo ela, “são vigorosamente pintadas em telas brancas, minha marca registrada, e desprovidas de figuras, mas que carregam uma intensa história, travando um combate entre o silêncio e a expressão”.



Ronaldo Brito, que assina a apresentação do catálogo, afirma que “a obra de Celia Euvaldo é austera e casual. A artista varre a tinta espessa, o óleo preto ou branco, e raspa com o rodo certas áreas do quadro até deixá-las lisas e compactas. Duas e só duas operações resumem, portanto, o seu labor, a um tempo bem físico e ascético”.

Para chegar à fase atual, a artista plástica paulista passou vários anos investigando todas as possibilidades que as linhas traçadas com pincel e nanquim, ou tinta guache, sobre o papel podiam oferecer. “Eu produzia muito”, diz Célia, “chegava a usar o corpo para não interromper o processo de criação. Eu me debruçava sobre o papel e girava o pincel em torno de mim para não perder a continuidade da linha".

E Ronaldo Brito conclui ”tudo se passa como se, diante de infinitas escolhas, Celia Euvaldo encontrasse na extrema redução a abertura de um campo de possibilidades: o seu campo de atuação, em todo caso. E, graças a esse poder de concentração, viesse a se expandir. Porque a natureza de seus quadros é, de fato, expansiva: eles acumulam uma energia plástica que tende a ganhar espaço indefinidamente”.



SOBRE CELIA EUVALDO

Nasceu em São Paulo em 1955. Realizou suas primeiras exposições individuais em Paris, com instalações com néon no “Salon de la Jeune Peinture” (1986), em 1988, na Galeria Macunaíma, na Funarte, no Rio de Janeiro e, em 1989, no Centro Cultural São Paulo. Nesse mesmo ano recebeu o primeiro prêmio do Salão Nacional de Artes Plásticas.

Ainda em 1989 apresentou importante trabalho no MAC/USP, Ibirapuera. Nos anos 90 fez individuais nas galerias Paulo Figueiredo (São Paulo, 1991 e 1993), Marília Razuk (São Paulo, 1996 e 1999), Casa da Imagem (Curitiba, 1995) e no Paço Imperial (Rio de Janeiro, 1995 e 1999). Participou de várias coletivas, entre as quais o “Panorama da Arte Atual Brasileira”, no Museu de Arte Moderna de São Paulo (1990) e ‘Influência Poética’, no Paço Imperial (1996).

Em 2001 seus trabalhos foram apresentados na “7ª Bienal Internacional de Pintura de Cuenca”, no Equador e, na mostra “Arte Contemporânea Brasileira”, na Galeria Nacional de Belas Artes em Pequim, China. Em 2002 participou da exposição coletiva “Tangenciando Amílcar”, no Espaço Cultural Santander (Porto Alegre).

Em 2003 exibiu pinturas de grandes dimensões no Centro Universitário Maria Antonia (São Paulo). Em 2005 participou da 5a Bienal do Mercosul (Porto Alegre). Em 2006 realizou individuais na Estação Pinacoteca, em São Paulo, intitulada “Brancos”, e no Gabinete de Arte Raquel Arnaud, que a representa desde 2001. A editora Cosac Naify lançou em 2008 um livro sobre sua obra.
Local:
Galeria de Arte Ipanema
Rua Anibal de Mendonça, 27
Ipanema
(21) 2512-8832

Funcionamento:
de 2ª a 6ª feira, das 10h às 19h
sábado, das 10h às 14h

Ingresso:
Entrada franca

Atenção: os horários e a programação podem ser alterados pelo local sem aviso prévio. Por isso, é recomendável confirmar as informações por telefone antes de sair.