Abertura: 19 de outubro de 2011
Encerramento: 4 de dezembro de 2011

Ronald se define como um artista de "ações visuais". Trabalha principalmente com a "urgência urbana, aquilo que precisa ser feito, dito, exposto, visualizado; ´aqui e agora´...JÁ É!!!!", enfatiza ele.

No texto de apresentação do catálogo, Cocchiarale define: “Ronald não é um produtor de obras destinados à contemplação, mas um propositor de ações, comumente realizadas em espaços urbanos. Portanto, ainda que setores do público de arte participem de suas intervenções, elas estão voltadas, sobretudo, para o homem da rua, o transeunte casualmente envolvido nas situações criadas pelo artista. Suas ações podem ser remetidas genealogicamente às vertentes mais radicais da produção contemporânea, empenhadas no que se convencionou chamar de desmaterialização da arte.”



Ronald vai mostrar sete desenhos de fogo, sete objetos em pet, sete fotos de grandes dimensões de interferências urbanas, vídeos, projeções e performances – estas últimas acontecem no dia do vernissage, a partir das 19h, quando o artista acenderá uma pira à entrada da exposição.

Pouco conhecidos da maioria, os desenhos de fogo são feitos com maçarico de ourives sobre papel vegetal, de 100 x 70cm. O papel reage ao calor do maçarico, produzindo, ora linhas em relevo, ora queimaduras, como as de cigarro.

“Filíferos” é a série de objetos confeccionados com pet transparente, à semelhaça de um casulo. Também em pet, o artista expõe a peça única de 200 cm de altura, de plástico tramado, em forma de gota, pendendo do teto.

Entre as fotos e vídeos de performances, estão as de "Nimbo Oxalá", que Duarte apresenta mundo afora, desde 2009: Áustria, Espanha, Inglaterra, Holanda, Argentina e Brasil; de "Estrela de luz" [Bienal de Havana 2011], desenho do astro a fogo no chão, referente à estrela usada por Fidel; de “O Q Rola VcV” [Santa Teresa, RJ, 2001], um caminhão de limpeza esguichava água vermelha pelas ruas de Santa Teresa, remetendo à violência urbana e à facção criminosa Comando Vermelho (CV), embutido no título; de "Fogo cruzado" [Santa Teresa, RJ, 2002], quando Ronald ateou fogo em 1,5 km do trilho do bondinho; de “Alvo fácil”, um alvo de fogo montado com barris de petróleo sobre roupas doadas por moradores locais, realizado no prado do Museu de Serralves [Porto, Portugal, 2008], de "Traçantes" [Galeria Anita Schwartz, RJ, 2009], e de “Choque de monstro” [MAM-RJ, 2011], no Festival Brasileiro de Performance.

Na noite de abertura da mostra, a performance “Nimbo Oxalá” acontecerá ao vivo, às 20h, na praia em frente à Laura Alvim. São vinte pessoas, cada uma com um extintor de incêndio, acionados simultaneamente, formando um imenso bloco de fumaça, em forma de cogumelo atômico.

Às 21h, "Traçantes" ganhará performance ao vivo, no pátio da Casa de Cultura. Centenas de marcadores de texto a laser serão distribuídos ao público, que lançará seus "raios" pelo espaço em alguns minutos de black out, que o artista provocará no local. Este trabalho é uma alusão às balas traçantes usadas por traficantes na cidade do Rio de Janeiro.

Ronald Duarte [Barra Mansa, RJ, 1962] é mestre em Linguagens Visuais pela Escola de Belas Artes da Universidade Federal do Rio de Janeiro [EBA | UFRJ]. Em 2006, o artista ganhou o Prêmio Marcantonio Vilaça, e em 2008, foi contemplado com a Bolsa Iberê Camargo, permanecendo dois meses no Porto, Portugal, onde realizou “Alvo fácil”, na abertura do TRAMA - Festival de Arte Performativa.

Local:
Casa de Cultura Laura Alvim
Avenida Vieira Souto, 176
Ipanema
(21) 2267-1647

Funcionamento:
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Ingresso:
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Atenção: os horários e a programação podem ser alterados pelo local sem aviso prévio. Por isso, é recomendável confirmar as informações por telefone antes de sair.